O COPOM subiu nesta semana a taxa básica de juros (SELIC) de 9,25% para 10,75%, chegando ao maior patamar desde 2017.

O principal impacto deve ocorrer no investimento imobiliário, pois cada variação de 2,5 pontos percentuais (p.p.) da Selic gera aumento de 1 p.p. no Custo Efetivo Total (CET), o que afeta a contratação do financiamento imobiliário por aproximadamente 1 milhão de famílias.

O aumento da Selic torna o crédito mais caro e novos financiamentos devem ter juros mais altos, com impactos também no uso do cartão de crédito, em caso de as faturas serem pagas em atraso ou apenas parcialmente.

O impacto é mais amplo. Como o setor produtivo necessita de crédito para investimentos e, em alguns casos, para capital de giro, o custo produtivo aumenta – o que, em última instância, pode ter um impacto sobre o preço de bens e serviços.

Por isso se diz que a elevação da SELIC combate a inflação na demanda – por restringir o consumo – e não na oferta.

A alta representa mais um motivo para organizar as finanças e controlar os gastos.

Investimentos

Bom para investimentos de maior risco, como ativos estressados, ou em renda fixa. Já a famosa caderneta de poupança não acompanhará mais a escalada da Selic e seguirá com o retorno travado em 6,17% ao ano + TR (Taxa Referencial).

Foto: Marcello Casal/Agência Brasil

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